Minudência 26/8/2011 José Waldemar Teixeira de Mello "Minudência migalheira de hoje. Permito-me as seguintes ponderações (Migalhas 2.701 - 25/8/11 - "Minudência migalheira"). Governador Valadares tomou esse nome quando se emancipou de Peçanha (escrevia-se Pessanha e é a terra do ex-ministro da Cultura Aloísio Pimenta, o da broa de milho). De uns tempos para cá, ganhou o apelido de Valadólares, por causa da caudalosa remessa de dólares de valadarenses residentes nos Estados Unidos, à terra natal. De fato, a nomeação de Benedito para interventor de Minas Gerais, pelo caudilho Getúlio Vargas, causou surpresa num Estado até então dominado pelas 'famílias governamentais'. Mas Benedito não estava assim tão fora dessas famílias, pois descende de Joaquina do Pompéu, matriarca de muita gente importante nas Alterosas, a começar pelo neto dela, Martinho Campos, influente senador do Império. Durante toda a interventoria de Benedito, todas as cidades eram obrigadas a batizar ruas ou praças com os nomes do 'governador' Valadares e do 'presidente' Vargas. Prevendo que o antigo distrito de Figueira do Rio Doce, então do município de Peçanha, tinha tudo para se tornar a principal cidade do Vale do Rio Doce, Benedito 'sugeriu' o próprio nome para batizar a cidade que, realmente, se tornou 'a capital do Rio Doce". Pará de Minas exalta a 'honra' de ter sido o berço de Benedito Valadares, que nasceu, em verdade, num antigo distrito daquela importante cidade do Oeste de Minas. O distrito chamava-se e ainda se chama Azurita, hoje distrito do município de Mateus Leme, limítrofe de Itaúna, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os minudentes migalheiros acham que os valadarenses podem contar 'melhor' a origem da expressão de espanto traduzido na pergunta "Será o Benedito?'. Podem, sim. Mas quem pode melhor ainda explicar tudo isso é o ex-prefeito de Mateus Leme (dois mandatos) Wilman Elias Salomão, que tem cópia que nem o Museu Histórico de Pará de Minas tem: a cópia do batistério de Benedito Valadares Ribeiro. Agora, quem quiser rir a valer com outra explicação sobre a origem da pergunta 'Será o Benedito', é só ler o livro de crônicas de Mário Prata. Uma história engraçadíssima, mas imprópria para ser contada às nossas venerandas e respeitabilíssimas migalheiras." Envie sua Migalha