Falecimento - Dr. Sócrates 8/12/2011 Alexandre de Macedo Marques Faleceu o Sócrates, o famoso ex-jogador de futebol. O nosso dr. Sócrates, "O Magrão", vítima das consequências de cirrose hepática desenvolvida, como é sabido, pela ingestão imoderada de bebidas alcoólicas. Diante das copiosas manifestações de pesar, tantas eivadas de uma pseuda solidariedade sentimentalóide, pobre e pueril, e que nada significa, lembro os versos do poeta inglês renascentista, John Donne. " A morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano. E por isso, não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti." Assim os sinos dobram pelo Sócrates e por nós. Na verdade a morte não é o drama do homem. Este está na vida do homem. A morte é apenas o descer da cortina sobre o ato final de um drama chamado "VIDA". Definido pelo velho bardo inglês como "uma história, cheia de som e fúria, sem nenhum significado, contada por um idiota". O nosso "Magrão" sempre tendeu a fazer de sua vida "uma história cheia de som e de fúria..." As almas piedosas - bem hajam se o fazem com verdadeira piedade - o mitificam e transformam a personalidade e comportamento do jogador em exemplos de quase santidade heróica. O Sócrates, com a morte passou para uma esfera em que os julgamentos humanos são incabiveis e estultos. A vida e morte do Sócrates, como de qualquer homem, é fruto "dele e suas circunstâncias". O que significou o que aproveitadores políticos e boleiros chamaram de "democracia corintiana"? Talvez os príncipios que nortearam o "é proibido proibir corintiano", o repúdio às normas e praxis que atletas profissionais devem seguir com rigor religioso, expliquem o som e a fúria e a saída precoce do futebol e da vida. Diante do mistério da vida e da morte de qualquer ser humano, devemos evitar õ sentimentalismo barato e o mito fácil. E fugir de interpretar evidentes atitudes autodestrutivas em virtudes ímpares. Envie sua Migalha