Puxar a capivara 20/1/2012 Sérgio Aranha da Silva Filho - OAB/SP 63.138 "'Puxar a capivara', na linguagem penal, significa ver os antecedentes de uma pessoa autuada em flagrante ou envolvida em um inquérito policial ou até mesmo em um B.O. (Migalhas 2.797 - 19/1/12 - "???"). Se a 'capivara' for limpa, isto pode significar o arbitramento de fiança. Ou seja, a liberdade depende da 'capivara'. Também significa ver a origem de bens materiais objetos dos mesmos procedimentos (B.O., flagrante, etc.). Por exemplo: 'Puxar a capivara' de um 'cano' (revólver), de uma moto, de um carro, etc., para saber-se se a posse é legítima ou ainda se o bem é produto do furto, roubo, etc. Dizem que a expressão remonta à época em que a caça do 'maior rato do planeta', a capivara, era permitida. Como ela habita áreas de banhado, rios e lagos, quando alvejada, submergia e assim, os caçadores costumeiramente noturnos para não serem vistos, a puxavam com ganchos, paus e cordas para verem o que realmente tinham pego. Daí a expressão: Vamos puxar a capivara e ver o que realmente temos em mãos. Se a 'capivara' for grande, o indivíduo, tal como ela, estará realmente 'dentro d'água', como também se diz. Não pensem os senhores que esta linguagem se restringe a só uma classe de pessoas. Já vi muitos doutores aos invés de dizer 'vamos aguardar a juntada das Folhas de Antecedentes do Instituto de Identificação Ricardo Glumbenton Daunt (FA do IIRGD) para o decisum', simplesmente falar: Primeiro vamos ver a capivara dele, para depois ver que caminho tomar." Envie sua Migalha