Escritórios estrangeiros 16/10/2012 Paulo César Rodrigues "Sem entrar mais uma vez no aspecto da constitucionalidade ou da legalidade a respeito das regras de parceria para escritórios brasileiros e estrangeiros, até porque as opiniões aqui publicadas do Min. Sepúlveda Pertence, de Celso Bandeira de Mello, de Carlos Ary Sunfeld e outros esgotaram o tema (Migalhas 2.980 - 16/10/12 - "Estrangeiros" - clique aqui). Assim, passo a algumas considerações de ordem prática: a) será o fim da advocacia como a conhecemos até hoje; b) a proposta de que nenhuma sociedade estrangeira poderá suprimir a autonomia dos escritórios brasileiro em regra será uma cláusula morta, pois, a autonomia será retirada até mesmo por questões econômicas com as quais não podemos competir. basta lembrarmos que não faz muito tempo o escritório americano Erin Brocovich, esteve no Brasil captando clientela, descaradamente, tentando que as famílias do acidente com o Legacy entrassem com as ações nos EEUU, sobre o argumento de que ganhariam muito mais. c) os pequenos e médios escritórios serão dizimados, sendo que são eles que ficam com as causa da massa da população, nem todo brasileiro pode se valer dos serviços profissionais dos que acima mencionei, salvo à título de pro bono, deveriam poder, mas não podem. d) a advocacia, que se repise vai ser mercantilizada, como já acontece nos Estados Unidos da América do Norte, onde grandes escritórios possuem anúncios comerciais nas grandes mídias e captam clientela desbragadamente, inclusive daquele que está com outro advogado. e) considerando que a advocacia é um múnus público, pois, sem ela não há acesso ao Poder Judiciário, assim, como as comunicações e a imprensa, importam até mesmo a médio e longo prazo em questão que pode envolver à própria segurança nacional. f) atualmente, as guerras que são travadas, o são por questões, político-religiosas e étnicas, o domínios propriamente dito do território, que antes era feitos por guerras, atualmente, é feito por megaconglomerados econômicos, sem que o subjugado perceba e, quando este percebe, já é tarde. g) é o adeus à soberania. Por tudo isso, creio que essa proposta deveria ser totalmente vetada definitivamente." Envie sua Migalha