ABC do CDC 23/11/2012 Juliana Gornati "Com propriedade o Professor Rizzatto Nunes discorreu sobre as técnicas de convencimento utilizadas pela indústria em relação ao consumidor, tratando especificamente sobre a introdução, nos anos 50, do leite processado para amamentação de bebês em substituição ao leite materno, também conhecidos como fórmulas (ABC do CDC - 22/11/12 - clique aqui). No entanto, como praticamente todos os fenômenos de consumo, há questões mais complexas que foram deixadas de lado em sua análise. Me refiro, neste caso, especificamente ao fato de que amamentar não é algo que ocorre de forma tranquila para todas as mulheres. Semelhante às críticas ferozes contra as mulheres que pariram por cesarianas, assim também têm ocorrido em relação às mães que alimentam seus filhos com fórmula, em mamadeiras. No entanto, nem sempre é possível à mãe amamentar naturalmente - fissuras severas na pele, mastite, infecções, depressão pós-parto e outras tantas condições das quais eu, como leiga em medicina, desconheço, são capazes de impedir o aleitamento natural, restando às mães modernas a segurança de recorrerem às fórmulas no lugar das amas de leite de outrora, posto que o leite materno também é veículo de diversas doenças (a exemplo do HIV), não devendo uma mãe permitir que seu filho seja amamentado por outra mulher sem ter absoluta certeza de todas as condições de saúde de sua substituta. Assim, creio que a indústria dos leites processados para bebês (balanceados e com propriedades distintas do leite de vaca comum), embora passível de críticas legítimas, também traz um benefício importante à legião de mães que não podem amamentar." Envie sua Migalha