Mestre Rui Barbosa 2/12/2005 Armando Rodrigues Silva do Prado "Rui Barbosa carece melhor entendimento (Migalhas 1.304 - 1/12/05 – "Antigualhas"). A intelectualidade brasileira sempre evitou analisar a fundo essa figura contraditória da história brasileira. Apenas para avivar memórias lembro que, como Ministro da Fazenda, estabeleceu política emissionista conhecida como 'encilhamento', por semelhança com apostas no turfe. Como escreveu Luís Nassif recentemente: 'Rui deixou o país em ruínas, fez negociatas com a banca inglesa, permitiu que os Estados pudessem tomar empréstimos externos com garantia da União. Deixou o governo com o país na maior crise da sua história e assumiu, de imediato, cargos em três companhias criadas por Mayrink em pleno encilhamento'. Algum tempo depois defendeu numa conferência internacional a tese de que países credores, leia–se a Inglaterra, poderiam invadir países devedores para cobrança da dívida. Felizmente, a tese de Rui foi vencida. É estranho esse culto à personalidade que ainda acontece décadas depois de sua morte. É a velha lição de Brecht: 'pobre das nações que precisam de heróis'." Envie sua Migalha