Arena Corinthians 8/4/2014 Romeu Prisco "Sucessivas ameaças, de graves consequências, não consumadas, soam como tentativas de chantagem. Em algumas, o objeto da chantagem fica claro. Em outras, nem a própria tentativa de chantagem fica clara, dando ensejo a especulações, como ocorre no caso ora exposto. A partir do momento em que foi anunciada a construção do novo estádio do Corinthians, o zeloso Ministério Público faz-se presente, sempre com grande alarde. Inicialmente, obstaria dita construção, tendo em vista que, no subsolo do futuro campo (entenda-se 'gramado'), existiriam dutos da Petrobras, impondo-se, assim, a defesa do patrimônio desta empresa pública, como se ela não tivesse departamento jurídico. Depois, como que por encanto, parece que tais dutos sumiram. Foi quando o MP passou a questionar a concessão de uso gratuito do terreno, pelo prazo de 99 anos, outorgada em 1988 pelo prefeito Jânio Quadros. Apenas 14 anos de atraso! Superado o 'impasse' imobiliário, o MP ameaçou recorrer à Justiça para anular ato da Câmara municipal de São Paulo, concessivo de incentivos fiscais (não confundir com 'benefícios fiscais') ao Corinthians, que contou com férrea oposição, entre outros, de dois vereadores, ambos conselheiros do SPFC, Marco Aurélio Cunha e Aurélio Miguel, este envolvido em denúncias de corrupção. Dando o dito pelo não dito, agora, diante de um acidente fatal, que vitimou um operário, o MP ameaça requerer, judicialmente, a interdição definitiva do conjunto, comprometendo, inclusive, a abertura da próxima Copa do Mundo de Futebol. Quer saber? Pois que o faça de vez! Todavia, se não o fizer, estará passando imagens que vão de chantagismo, cujo objetivo não se declara, à demagogia, com intuito de 'mostrar serviço'." Envie sua Migalha