Aposentadoria JB 1/7/2014 Cleanto Farina Weidlich "Da passagem do ministro JB, pelo nosso STF, guardo o sentimento de um brasileiro que cumpriu, até além das suas forças físicas e mentais, o seu dever. Não fez nem menos e nem mais que a sua obrigação. E como isso é difícil experimentar, em seus pares, não só perante o STF, mas em todas as instâncias. E não só por isso, pois, vi na sua pessoa, a vontade, a coragem, o vigor da virtude combatendo o vício - e não só nos exercícios de dialética nos porões da antiga Atenas - mas enfrentando a dura realidade da vida, as mazelas da Corte contaminada, pela malformação, com cargos exercidos por pessoas escolhidas para subserviência dos poderosos. Muito triste tudo isso. Uma excelsa honra para nós brasileiros, termos tido em nossa Suprema Corte, um ministro, com o perfil, a garra, a intelectualidade e a história de vida, do nosso Joaquim Barbosa, permitindo que em cada um de seus brilhantes votos, pudesse estar contido o reflexo, o espelho e a imagem do sofrido povo brasileiro. Ao final, teve que optar pelo homem que mora no espelho, mas para sempre será lembrado, por ter cumprido, verdadeiramente, com transparência, independência e imparcialidade, com o seu dever. Como diria o nosso grande e saudoso mestre Adauto Suannes, em momentos como esse, 'ainda temos juízes', em nosso exemplo, uma verdadeira lástima, 'tínhamos juiz'! Quem se candidata a ser seu catecúmeno? Muito cuidado com a resposta, pois, prometer e cumprir, como é da nossa experiência comum, é muito para um homem só!" Envie sua Migalha