Conflito do Oriente Médio

28/7/2014
Cleanto Farina Weidlich

"Guerra entre Israel e Palestina: não dá pra ficar calado, de um lado um Estado, uma nação rica em tecnologia, progresso econômico e desenvolvimento; de outro, um povo agregado e manipulado por um mínimo de organização estatal, tanto que o seu líder é chamado de 'autoridade palestina', sabe-se lá o que significa isso. De qualquer sorte, um muito forte e outro precisando melhorar muito, para ser classificado como fraco. Então que guerra é essa? Pelo menos como se diz por essas paragens, quando o assunto pesa, 'tirem as mulheres e crianças da sala', ou seja, do cenário e dos alvos do conflito. Isso tem que ter um fim! É caso de intervenção das forças da paz da ONU, de uma força tarefa internacional, de uma força maior, do que a da ignorância e insensatez, que habita por aquelas paragens. Queria ver se os governantes e autoridades que estão por trás desses massacres, tivessem na linha de frente, se um tiro sequer seria dado. Essas decisões de gabinete, no conforto dos palácios, nos bunquers de guerra, com toda a segurança e proteção, são decisões tomadas por gente covarde, que nunca sentiu o calor do aço, e o calor da aço arde. Não consigo entender, como ainda existem exércitos, como a nossa juventude se deixa manobrar por esses bandidos, travestidos de governantes e generais militares. Onde foram parar os valores da raça humana? Cada míssil, foguete ou artefato militar, desses que são disparados aos milhares nessa guerra, sem falar no custo das perdas das vidas humanas, daria para construir quantas escolas? Daria para saciar a fome de quantas crianças? Daria para dar conforto material a quanta gente? Será que a humanidade inteira, o globo das gentes civilizadas, vão continuar assistindo de braços cruzados, a esse verdadeiro massacre, sem tomar uma atitude intervencionista, sem sequer chamar a atenção e tentar dar um basta a essa barbárie? São interrogações que não calam, são perguntas sem respostas simples, dirão. Mas e o diálogo, o entendimento, a negociação e conciliação, que ao final, depois de mais destruição, dor e morte, terão que ser alcançadas, não podem ser antecipadas, sem mais perdas e desgraças? A soberania do Estado, os chamados territórios ocupados, as discussões e confrontos acerca de credo religioso, não podem ser questões que estejam acima da dignidade humana. Esses assuntos devem ser objeto de dialética diplomática, sem nunca jamais, justificar as agressões armadas, tendo como alvo, população civil, endereços, como escolas e igrejas, casas residenciais, onde habitam famílias, que são os valores mais caros de uma sociedade humana. Então, um basta a ignorância, a intolerância, a falta de diálogo entre os povos, à guerra desigual, a todo tipo de guerra. Não há ética na guerra, nem justificativa e nem solução de conflitos pela guerra, ela, segundo acertou Montesquieu, em seu clássico estudo, sobre o Espírito das Leis, é o oposto da paz, que nesses tempos bicudos, vem de ser experimentada e sofrida, como o intervalo entre duas guerras. Ainda, sobre o Espírito das Leis, ao fecho, calha uma colação: 'intérprete e admirador do instinto social, Montesquieu não temeu confessar que o estado de guerra começa para o homem com o estado de sociedade. Mas, dessa verdade desoladora, da qual Hobbes havia abusado para elogiar a causa do despotismo, e Rosseau para celebrar a independência da vida selvagem, o verdadeiro filósofo faz nascer a necessidade salutar das leis, as quais representam um armistício entre os Estados e um tratado de paz perpétua para os cidadãos. (Notas remissivas dos Editores, ao Capítulo III, Das Leis Positivas). Então, que se utilize com urgência o poder que emerge do Direito das Gentes, e do Direito Político, de todas as nações civilizadas do planeta, para forçar o batizado de 'cessar fogo humanitário', por algumas horas, por horas, dias, meses e anos sem fim, pois, o mundo inteiro precisa se unir em favor da paz entre os povos. Essa história de soberania de Nação, de país, é uma grande ficção, inventada pelo proletariado, para escravizar e dominar as gentes. Que caiam todas as fronteiras do mundo, somos todos iguais, somos todos da mesma espécie, é preciso união e solidarismo entre os povos. A matança e a guerra só interessa aos governantes, aos poderosos, às grandes corporações, aos fabricantes de armas, aos abutres, aos lobos, as raposas, travestidas de autoridades, para mandar matar, matar, e matar, sem nenhum tipo de escrúpulo, de forma irresponsável e covarde."

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