Violência sexual

22/2/2006
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Estupro é estupro! Como é que alguém pode achar que há estupros e estupros? Pois bem, e não é que os juízes da Suprema Corte de Cassação da Itália estabeleceram que a violação, o estupro, de uma jovem é menos grave se ela não for virgem. Isso ocorreu em um caso de o estuprador ter estuprado sua enteada, de 14 anos. A defesa alegou que a menina consentiu em fazer sexo oral depois de se negar a uma 'relação completa', exigida sob ameaça, por considerar que o sexo oral seria 'menos arriscado'. O Tribunal concluiu que a jovem já havia tido relações sexuais a partir dos 13 anos e, 'do ponto de vista sexual, já estava mais desenvolvida do que se espera de uma menina da sua idade'. Daí, aplicaram ao violador uma pena mais leve... A ser assim, não existirá, por exemplo, estupro de uma prostituta. Eu me lembro da época de quando o estupro, a violação, era mais grave, exatamente em razão de quem seria o estuprador. E isso era agravante do crime. E me lembro, também, da época em que estupro era estupro, sem dirimentes. Principalmente em favor do padrasto..."

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