Julgamentos políticos dos deputados federais Brandt e Professor Luizinho

14/3/2006
Osterno Antonio de Souza

"Ética da conveniência. Aos cinqüenta e tantos anos, ainda crédulo e na expectativa de um resultado coerente numa CPI na Câmara Federal que permitisse mostrar maturidade, consciência, respeito ao povo, em função, pelo menos, das últimas ocorrências, quedo-me desapontado. Meu Deus! Pelo menos, pelos que dizem agir de maneira séria nesse Congresso; Pelo menos para fingir que o são; Pelo menos, como resultado de negociação, para não ratificar a imagem da safadeza e das negociatas que imperam na instituição... Não existe mais a preocupação de fingir ou de tentar fazer com que acreditem no trabalho sério da casa. A falta de vergonha é declarada. Ninguém está preocupado em esconder coisa alguma. Têm consciência e certeza absolutas de que o povo sequer prestará atenção no fato. Amanhã, sorridentes, estarão novamente à frente das Câmaras, falando sobre a sujeira dos 'outros', fazendo apologia das qualidades fantásticas do seu grupo ou do seu partido. Passarão novamente à frente as suas siglas, como candidatos exemplos, de postura e dignidade. De que adianta um Conselho de Ética? Crápulas! Raça de víboras, sepulcros caiados! Até quando o povo tolerará o escárnio dos senhores? Mas, embora revoltado, ainda sou otimista. Sim, acredito na capacidade de análise do povo. Tenho certeza que não passarão incólumes por isso. Há que se ter Justiça e, mesmo que seja, a Divina, pagarão de maneira árdua pela feito. Quem sabe, no inferno, encontrarão, com seus pares, o custo exato da medida."

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