Caso Palocci

29/3/2006
Antonio Minhoto – escritório Baeta Minhoto e Oliveira Advocacia

"Confesso que senti pelo agora ex-Ministro Palocci, pois após um período razoavelmente longo (mais de 3 anos) desenvolvendo um trabalho pelo menos sério, sai do ministério pela porta dos fundos (Migalhas 1.382 – 28/3/06 – "A propósito..." - clique aqui). Uma pena mesmo. Contudo, diz o ministro em sua carta demissionária : 'Mais recentemente, episódio na Caixa Econômica Federal trouxe novamente a este Ministério pressões que tornaram impossível a continuidade regular do meu trabalho. Quero esclarecer, senhor presidente, que não tive nenhuma participação, nem de mando, nem operacional, no que se refere à quebra do sigilo bancário de quem quer que seja. Reafirmo ainda que não divulguei nem autorizei nenhuma divulgação sobre informações sigilosas da Caixa Econômica Federal. Sou consciente das leis e da responsabilidade do meu cargo. Sou consciente das regras da democracia e do Estado de Direito'. O ribeirão-pretano Palocci deveria ter se poupado neste particular. Na CEF, todos os que participaram da quebra de sigilo, foram 'entregando' seu superior imediato: gerente para superintendente, este para o consultor e deste último para o presidente da CEF, Jorge Mattoso, que declarou expressamente ter recebido ordens de Palocci para assim agir. Portanto, meu caro Palocci, o Sr., homem honrado, fez uma grande bobagem - num momento de extrema pressão é certo - e por ela será, no mínimo, profundamente investigado. Abraço a todos, inclusive ao ex-ministro."

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