Caso Palocci

29/3/2006
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Migalheiros governistas. Relendo os comentários sobre o caso Palocci (temas debatidos de 26/3/2006 a 2/4/2006), noto que há, ainda, alguns Petistas empedernidos que, apesar das evidências todas, ainda acham que os comentários contra Palocci são preconceituosos, sectários ou parciais. Gente que se manifesta contra o testemunho do caseiro, afirmando serem membros da CPI as 'comadres da CPI', que procura meramente desqualificar o testemunho do caseiro, não querendo enxergar as mazelas do ministro, que considerou que as tentativas de alcançar a verdade meramente pretendiam denegrir a vida de Palocci, que se pretendia apenas e tão somente desmoralizar o ministro, pessoas que se preocupavam mais com 25 mil reais na conta do caseiro do que com os milhões desviados em favor do atual governo. Agora, baixada a poeira, vem à tona a verdade dos fatos, fatos que aqueles migalheiros se negaram, inutilmente, a enxergar. Houve o crime de violação de sigilo; houve a participação direta de altos funcionários públicos e do próprio ministro que recebeu, em mãos, o fruto do crime que ordenou. Até o presidente, mais uma vez, declarou-se traído e demitiu o ministro. Demitiram-se, também, outros envolvidos na ação criminosa. A essa altura, alguém em sã consciência acredita no não envolvimento de Palocci? Já caiu Dirceu, já caiu Gushiken, já se foi o Genoino, o Delúbio et caterva. Fica no Poder o maestro, o presidente que nada sabe, que nada viu e nem ouviu. Enquanto a camarilha instalada no Poder promovia desvios enormes, festas e bacanais, com a participação do 'núcleo duro' do Poder (hoje bastante amolecido), resta um que não aceita qualquer responsabilidade, nem a de ter escolhido mal seus assessores diretos, ministros, secretários etc. Será que é melhor que todos nós, cidadãos, nos portemos como o presidente e os migalheiros que se manifestaram tão contundentemente a favor do ministro defenestrado? Certamente, a vida é mais tranqüila para quem nada vê, nada ouve e nada sabe e, também, que nada procura saber acerca dos homens públicos que, ao contrário de servir ao país, servem a si próprios, nesse festim absurdo em que se transformou o governo do PT. Nos dia de hoje, falar mal do governo, mais do que um mero desejo, é uma obrigação, posto que difundir fatos e verdades para o conhecimento de todos é um direito inalienável que deve ser preservado. E daí, migalheiros governistas? Como ficamos?"

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