Márcio Thomaz Bastos na CCJ da Câmara 25/4/2006 Paulo R. Duarte Lima – Advogado – Natal – RN – Comissão de Direitos Humanos OAB/RN "Ia tudo indo muito bem na leitura...Ia gostando, acompanhando o raciocínio e concordando em muitas coisas com a migalha da Leitora Léia Silveira Beraldo, advogada em São Paulo (Migalhas 1.398). ‘De repente, não mais que de repente’, ‘tinha uma pedra no meio do caminho’ da minha leitura - uma frase, da migalheira e protagonista do direito paulista, ininteligível, a princípio, para mim: '... talvez o mais 'Baudolino' dos rábulas criminalistas...'. Baudolino?? Rábula?? Então, fui pesquisar e estudar (advogar não é só fazer petição como alguns poucos retrógrados pensam), pois estava interpretando, a princípio, que a colega advogada estava, generalizadamente, falando mal de todos os advogados criminalistas...Um equívoco grave que muitos vêm, mais recentemente, cometendo, pois advirto que todos nós, um dia, podemos precisar de um criminalista (eu estou me especializando para ser um deles) para nos garantir o devido processo legal e o pleno exercício de nossos direitos fundamentais como humanos que somos, diante de tantas violações a que temos visto diariamente no Brasil. Bem, descobri, pois não havia lido o livro ainda, que o nosso 'Baudolino' é personagem-título de livro do italiano Umberto Eco (O Nome da Rosa). Para alguns o personagem Baudolino é uma máquina de invenções, pois ao produzir relatos falsos, cartas falsas, pergaminhos falsos, traficar relíquias falsas e produzir planos e acordos baseados em inverdades, as aventuras de Baudolino se transformam numa mentira coletiva que se torna a própria história de um tempo (Idade Média). Já o termo 'Rábula', segundo o HOUAISS, possui várias acepções, a saber: Substantivo masculino 1 Uso: pejorativo. Advogado que usa de ardis e chicanas para enredar as questões 2 Uso: pejorativo. Advogado muito falador, porém de poucos conhecimentos; incompetente 3 Regionalismo: Brasil. Pessoa que advoga sem ser formada em Direito 4 Indivíduo que fala muito mas não chega às conclusões do seu arrazoado 5 Regionalismo: Portugal. M.q. Ponta ('papel menor em filme, peça etc.'). Desse modo, entendi que a nobre colega quis, então, dizer que o Ministro Márcio T. Bastos seria o mais 'falso' e 'mentiroso' dos criminalistas que usam ardis e chicanas para enredar questões. Ou seria o mais falso e mentiroso dos advogados criminalistas que detém poucos conhecimentos? Arrematando - um tipo de 'Baudolino', saberemos, cedo ou tarde, se o, ora, ministro é, pois não se pode enganar a todos, e o tempo inteiro. Mas 'Rábula' eu não sei se posso concordar não, pois o ministro, no meu modo de ver, conhece e domina, de forma ímpar, a advocacia criminal. Se ele usa seus luminosos conhecimentos para fins não muito louváveis e éticos, ainda saberemos. No meu modo de ver, o Ministro Bastos é na verdade um cidadão extremamente SAFO (Diz-se daquele cujos procedimentos revelam desembaraço e iniciativa; esperto, habilidoso, vivo). De qualquer forma, melhor do que ninguém do que a Dra. Léia Silveira Beraldo para nos esclarecer. Abraço cordial," Envie sua Migalha