Lava Jato

20/10/2016
Heitor Bastos-Tigre - escritório Bastos-Tigre, Coelho da Rocha e Lopes Advogados

"Manifesto aqui meu apoio à decisão do juiz Sérgio Moro de encarcerar o ex-deputado Eduardo Cunha (Migalhas 3.972 - 20/10/16 - "Crônica de uma prisão cunhada" - clique aqui). Percebe-se que a nova voga, principalmente em Brasília, mas também no Rio e em São Paulo, daqueles que se dizem 'a elite da advocacia', é de censurar esse novo ritmo que está sendo imprimido pela Justiça Federal do Paraná.  Talvez porque estejam distantes da miséria absolutamente chocante em que vive a maior parte dos brasileiros, enquanto circulam entre seus escritórios super-atapetados, e os gabinetes dos Tribunais Superiores. Chega! Basta! Não é mais admissível assistir passivamente aos desmandos do poder; esse regimento de funcionários de alto escalão que, salvo poucas exceções, 1. legisla em causa própria, 2. transforma Brasília em um balcão de negócios, 3. acoberta colegas delinquentes. Mais reprovável do que 4. acelerar o julgamento de processos que permaneciam meses e até anos engavetados no Supremo, e 5. responsabilizar culpados de forma rigorosa... Exemplar mesmo, é desestimular a repressão dos desvios de comportamento que acabaram por mergulhar o país numa crise sem precedentes. Os brasileiros se acostumaram a conviver com uma crise que já assumiu contornos de convulsão social.  E não se engane, ilustre jornalista: os maiores responsáveis são representantes da elite (de que faço parte, sem dúvida) - aqui incluídos esses partidos de esquerda, despidos de ideologia ou substância, que se auto intitulam representantes das classes menos favorecidas, e que pensam sinceramente ter o monopólio da bondade. Felizmente temos o juiz Sérgio Moro. Cercear a liberdade de alguém nunca deve ser celebrado, mas não se engane: se não apoiarmos essa revolução silenciosa e pacífica, que pode mudar costumes, e até reduzir o tamanho do Estado; se não chamarmos os donos do poder à ordem, correremos o risco de uma guerra civil. Ou será que alguém pensa que o século XXI será mais tranquilo que o passado?"

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