Lava Jato

28/10/2016
Cleanto Farina Weidlich

"Do baú de memórias migalheiro: 1ª migalha de 2006 – Impedimento do Lula São 23h21 de domingo, do dia 8 de janeiro de 2006. Passou o dia de Reis e não desmanchei a árvore de natal (aqui no sul se chama de pinheirinho, mas o dito já não é mais utilizado in natura). Visito o meu office e dou a espiada na agenda da semana. Juro, pra vocês, já estava desligando as máquinas, quando me assaltou a ideia de dar uma olhadela no Migalhas. Aí, nova jura, risos, aperto os botões para listar as últimas dos leitores, e a máquina me responde pedindo migalhas. Como não sou de correr e nem atirar pedra, muito menos de um ser inanimado, mas que se anima ligeirinho a qualquer toque, lá vou eu outra vez. E o assunto? Falha-me a inspiração, aí lembro de Ralf Waldo Emerson, que dizia, 'quando a inspiração me falta, escrevo uma carta a um amigo, e logo ela comparece aos borbotões'. Divago. Andei nesse meio recesso do Judiciário gaúcho, lendo mais um título do Augusto Cury (Nunca Desista dos Seus Sonhos), onde o autor, defende o estímulo das emoções como ferramenta pedagógica, e vejo nesses pensares até um certo nexo. Estou assistindo a minisérie JK, e passeando pela recente história política do país, presenciei o Jucelino viajar para Paris, como médico e retornar como político, quem sabe embarcamos o nosso atual presidente numa dessas viagens de 'estudos', onde ele vá presidente e volte ao seu torno na indústria metalúrgica, de onde jamais deveria ter saído. Ao cabo, continuo sem entender, onde se encontram as forças políticas e sociais, das entidades de classe, da própria OAB, para iniciar urgente, em lugar dos nossos congressistas de duvidosa idoneidade moral, o processo de impedimento do senhor presidente da República. Vamos fazer valer a Constituição e as demais leis Infraconstitucionais, especialmente o Código Penal, em homenagem a homens como Ruy Barbosa, como Barbosa Lima Sobrinho, e tantos outros bons brasileiros, sem falar é lógico; em homenagem aos brasileiros sem rosto, aos heróis que continuam no anonimato, em condições muito mais desumanas do que no tempo da escravatura, construindo essa grande nação."

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