Afastamento de Renan Calheiros

6/12/2016
Cleanto Farina Weidlich

"A liminar que afastou o senador Renan da presidência da Câmara Alta da República, além de tardia (ficou no armário por nove anos), não fez o tema de casa por completo, pois, não o afastou do mandado de senador (Migalhas 4.002 - 6/12/16 - "Renegado" - clique aqui). A pergunta é: quem vai responder pelos danos que esse quadrilheiro e sucessor dos coronéis do nordeste brasileiro, de triste memória, continuar causando a sociedade brasileira? Nesse ponto, concordo com a responsabilização dos ministros, juízes, procuradores, promotores, pelas condutas notoriamente omissivas, e, portanto, de verdadeira cumplicidade, com esse estado de coisas que aí está. A Lava Jato tem que pegar a todos, os quadrilheiros, os corruptos ativos e passivos, e ainda, alcançar aqueles que detém o poder de zelar pela salvaguarda dos valores e defesa da Constituição, e não o fazem, e quando se dignam, depois de pressão da ruas, quitam a conta pela metade. O FHC, em sua primeira posse, logo após subir a rampa, discursou: 'os Palácios que não ouvem a voz que vem das ruas, são casas vazias', e nesse imbróglio 'fora Renan', falta contar para o povo, que o afastamento foi só da presidência e não do mandado de senador. Esse como dito pelo ministro relator Marco Aurélio, pertence ao povo alagoano que o elegeu, e a Justiça e o Supremo continuam engavetando há quase uma década, para ser cassado. E os 298 da lista da Odebrecht, quando serão alcançados? Fora os citados pelo gênero, os vereadores de São Paulo e de outras capitais Federais."

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