Lava Jato

7/3/2017
Márcio Marcucci

"Sobre a discussão entre o advogado Batochio e o juiz Sérgio Moro, vale observar que a resposta do juiz não deve ser suprimida do contexto (Migalhas 4.065 - 7/3/17 - "Quem manda?" - clique aqui). Esse nobre informativo, do qual sou migalheiro de primeira hora, divulgou a sequência: José Roberto Batochio: A defesa adverte a testemunha de que ela está proibida de depor sobre o que ela acha. A lei impõe que ela deponha sobre fatos. Sergio Moro: Doutor, o doutor faça concurso para juiz e assuma a condução da audiência, mas, quem manda na audiência é o juiz. Guilherme Batochio: Vossa Excelência preste exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Cada um aqui cumpre o seu papel, tá certo? A afirmação do advogado, advertindo a testemunha de que estaria proibida de depor, causa espécie. Houve, sim, com a advertência dirigida à testemunha um singelo menosprezo à função do juiz, a quem cabe presidir a audiência. A resposta do magistrado, ante a provocação, destoa da urbanidade que merece ser dedicada aos advogados. Compreendemos a situação, a tensão, e a radiação gerada na audiência. O que não podemos admitir, em homenagem à razão, é suprimir o contexto para insuflar a turba: Manchete: 'Moro manda advogado de Palocci fazer concurso para juiz em audiência da Lava Jato' ou 'Manchete: Advogado manda juiz prestar exame da Ordem dos Advogados do Brasil'."

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