Gramatigalhas

3/5/2017
Alexandre Paza

"O uso do apóstrofo no plural de siglas indica exatamente o que o próprio deve designar, ou seja, a elisão de letras que compõem a palavra entre a maiúscula e o 's' pluralizador (Gramatigalhas - 19/1/11 - "Siglas - CND’S ou CNDs?" - clique aqui). É utilizado para indicar a natureza própria da sigla que é a de suprimir letras e a do apóstrofo que é a de indicar esta elisão quando há a necessidade de se utilizar uma letra na sequência. Como é em 'd'água' de mãe d'água. O mesmo procede nas siglas. Por exemplo: na sigla de Equipamento de Proteção Individual - EPI, no plural fica EPI's, indicando o apóstrofo a supressão de todas as letras entre ele e as maiúsculas que o antecedem. E (quipamento) (s) de P (roteção) I(ndividual)'s. Neste caso, o complemento nominal não precisaria ir para o plural, apenas o substantivo, no entanto, como se utilizou a sigla para representar tais equipamentos, a indicação do plural deve ser no final da sigla e não logo após a letra 'E' a qual é a supressora 'oficial' digamos assim, do plural neste caso. Portanto, o plural de EPI é EPI's e não E'sPI, o que descaracterizaria a sigla. Bom, aí fica a dica para os gramáticos de plantão. Aliás, há muitas outras coisas que a gramática não explica, mas complica. Que tal, o caso do haja vista? Já pararam pra pensar: Ai cai's Gramatic'ais Haja feito, Haja dito, Haja visto! Haja grana, Haja ouvido, Haja vista! (Poema de Alexandre Paza em 'O Santo do Pau-Oco' - poemas)."

Envie sua Migalha