Delação premiada

23/6/2017
Roberto Araldo Cajado de Camargo Bittencourt

"Peço-lhes desculpas por expressar minhas convicções que, possivelmente, contrariem a forma de seu pensar. Contudo, declaro que não pretendo polemizar e nem levar uma discussão adiante. Quero singelamente pontuar que a mim também me toca a vocação libertária de que nos impregnaram as nobres Arcadas. Todavia, lembro também que, justamente em nome dela, nossos antecessores pegaram em armas em 1932. Pugnar pela liberdade não significa obrigatoriamente rebelar-se contra a autoridade. Pensar no país e em libertar o país significa sobretudo priorizar objetivos duradouros, a despeito de algum provisório amortecimento de objetivos imediatistas. Entendo que a moral está e estará sempre acima da economia. Nosso país não está em estado de calamidade extrema como tantos outros no planeta. Entretanto, em matéria de estado moral, estamos indigentes. Entendo que a preocupação exagerada pode levar a grandes prejuízos à Nação e beneficiar grandemente os corruptos e infratores. Pontuo que não existe notícia de nenhum indiciamento ou prisão ou condenação de inocentes por obra da Lava Jato. Lembro, entretanto, que, apesar da justa repressão em curso, a corrupção continua a prosperar, inclusive nas altas camadas da administração nacional."

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