Caso JBS

29/6/2017
Newton Silveira - escritório Newton Silveira, Wilson Silveira e Associados - Advogados

"Merece encômios a nota do escritório Mariz de Oliveira distribuída ontem, 28, a respeito da denúncia apresentada pelo procurador-Geral da República contra o presidente da República (Migalhas 4.141 - 28/6/17- "Obra de ficção" - clique aqui). Chama a atenção o 'vigor' da acusação face à pobreza de elementos probatórios que embasam tal denúncia. Tudo começou com uma falsa notícia no sentido de que o presidente teria avalizado propina para calar Eduardo Cunha. Ao ouvir-se a gravação, em qualquer de suas versões, não se constata nenhuma espécie de aval. A palavra foi escolhida a dedo para motivar a mídia, o que aconteceu de fato. Se o jornalista autor do furo de reportagem tivesse escrito: 'Temer recebe empresário na calada da noite', nada teria acontecido. Mas o termo aval foi criteriosamente escolhido para produzir o efeito desejado. Qualquer um de nós, solicitado a receber um importante empresário que desejasse um encontro sigiloso, o teria feito. Qualquer um de nós advogados teria acedido, sem saber que se tratava de uma armadilha adrede preparada por um grupo de chantagistas. Qualquer um de nós, ao notar o tom da entrevista, tentaria se livrar do incômodo assediador. Teria dito é...é...é... e encaminharia o chato a um terceiro. Isso mesmo sem saber da sub-reptícia gravação. É evidente que o presidente queria se livrar do incômodo. Mas isso era só o começo da armadilha montada contra o presidente. O filme do deputado Loures saindo da pizzaria Camelo logicamente se entrosa com a entrevista anterior. Ora, se a PF tinha conhecimento da espúria gravação e documentou a entrega da mala, por que não conseguiu relacionar o evento anterior com esse? O que a JBS falou com Loures para convencê-lo a receber a mala? Causa espécie a PGR tenha dado seu aval à policialesca aventura destinada a enredar o presidente da República."

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