Efeméride - Bocage

18/9/2017
Alexandre de Macedo Marques

"Lendo a simpática migalha e o comentário sobre o grande Bocage lembrei-me do famoso soneto em que o grande lírico e fescenino poeta, morrendo, se deplorava. Como hoje tivemos a exumação do mais 'esquisito' procurador-Geral, fiz uma adaptação do soneto sendo recitado pelo inesquecível sr. Rodrigo Janot.

 

Já Janot não sou! À cloaca escura
Minhas flechas vão parar feitas em vento.
Eu a PGR ultrajei. Que o meu tormento
Leves me tornem o ridículo e a sacanagem pura.

 

Conheço agora já, quão vã figura
Denúncias temerárias em louco intento.
Justiça! tivera eu algum merecimento
Se um raio da Razão, seguisse pura!

 

Eu me arrependo; e a lingua quase fria
Brada a Temer e a todos, piedade
Porque atrás da vingança, com Fachin corria.

Outro cretino fui; a PGR manchei
Se acreditaste, Fachin ímpio
Esquece as rabulices, olvida a imbecilidade."

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