Revolução

"Para não dizerem que não falamos em Rosas – Cleanto. O Gal. Joan Manoel de Rosas, ditador argentino que vinha impondo um regime cruel ao seu povo, propôs uma aliança com os Farrapos que estavam em guerra contra o Império brasileiro, o que não foi aceito, mas, ao contrário, após 10 anos de lutas esses gaúchos resolveram acabar com essa guerra aos imperiais, assinando o Tratado de Poncho Verde, temia-se que prosseguindo essa guerra, facilitaria a Rosas invadir a então Província de São Pedro e adeus Rio Grande. Foi assim que, logo a seguir, os gaúchos se arregimentaram numa luta contra Rosas, tomando Buenos Aires e livrando nossos Hermanos daquele jugo. Seguiu-se a guerra do Paraguay contra o invasor da nossa pátria Gal. Solano Lopez, onde a ação dos gaúchos foi coberta de glórias. Mas, ainda falando em rosas, lembrei-me que ontem, ao abrir sua fala para o voto no julgamento do caso Temer, Sua Excelência, a ministra Rosa Weber, de certo por ser gaúcha, referenciou a data que se fazia presente no ato, o 20 de setembro, por ser data comemorativa do povo gaúcho, colhendo alguns risinhos, mas, sem se intimidar, a eminente ministra mencionou os dizeres constantes no pavilhão gaúcho, Liberdade, Igualdade e Humanidade, ressaltando essa última palavra, 'Humanidade'. Importa dizer que essa bandeira rio-grandense, segundo historiadores originou-se do pavilhão farrapo, que com certeza, foi a primeira bandeira republicana a tremular em solo pátrio. A bem da verdade amigo Cleanto, tudo começou a dar errado no fim do século XIX, quando uma oligarquia deu um golpe de Estado e assumiu o poder no Brasil, instituindo um governo centralizador e daí para frente estatizante. Deu no que deu. Vejamos a larga trajetória que nos separa dos Estados Unidos da América, para se chegar no primeiro mundo, com esse nosso sistema de República Unitária, sem autonomia aos Estados, e ainda por cima, o que pode até ser pior tudo estatizado. Não temos mais a famosa Rede Viação Férrea Federal S.A., tudo virou sucata, e as estatais são ninhos de corruptos, onde não se pode falar em desestatização sem colher bicos torcidos, mesmo tudo demonstrando que não seu certo."