Revolução

22/9/2017
Cleanto Farina Weidlich

"Ainda com o pensamento voltado para as 'Rosas', tanto o ditador argentino, como a ministra do STF, ou ainda, as que hoje às 17h02 passam a exalar o seu perfume nos jardins e nas praças, recebo esse teu aparte meu querido amigo, em primeiro, levantando loas ao Migalhas por nos ceder o espaço, e depois, para te desejar um novo seja bem-vindo ao universo migalheiro, de cujo cenário estiveste ausente, mediante justa desculpa e atestado. Sempre quando me vejo as voltas com os calendários que coincidem com as comemorações Farroupilhas, fico pedindo mil desculpas aos 'lançeiros negros', entregues por acordo ao fim da tal 'guerra farrapa', para serem massacrados. E não só por isso, consigo enxergar algum ideal que tenha justificado essa tal 'revolução farroupilha'. São muitas as passagens e demandaria mais que uma simples migalha, e no rastro da tal revolução farrapa, fico convicto, de que se a história fosse contada pelo Peninha - um exemplo que me ocorre - um autor, que me parece não sofrer impregnações ideológicas, e com esse livro, ou ainda, os que foram escritos sob a forma de 'romance' pelo Luis Antonio de Assis Brasil, poderíamos iniciar uma verdadeira cruzada cultural, para esclarecer as gerações de gaúchos e brasileiros, que se orgulham dessa tal Revolução Farroupilha. Ao fim, compartilho com o Papa Francisco, 'não há guerra justa', bem como, não se pode incentivar e nem tampouco cultuar as ditas epopeias farroupilhas, como se esse fato histórico representasse alguma virtude ou algo que mereça ser relembrado com orgulho rio-grandense, temos sim, que estudar os fatos históricos, tal qual ocorridos, e em genuflexa reverência aos abusos, atrocidades, violência, covardia, e total falta de sensibilidade humanística, pedir perdão as famílias das vítimas que os combatentes, deixaram ao longo das escaramuças dessa ímpia e injusta guerra. Com certeza, não servem essas façanhas de nenhum modelo à toda terra. Isso tem que ser ensinado nas escolas, pois, precisamos evitar que os erros do passado se repitam, e voltem como os 'cantos de grilo', que nessa saída de inverno, começam a ser ouvidos na campanha e nos planaltos rio-grandenses, sem que tenhamos a mínima ideia da localização geográfica do bicho. Enquanto que, o culto as 'façanhas farrapas', todos podemos apalpar e descobrir de onde vem, eles vem dos fatos históricos ocorridos nos anos de 1835/45, todavia, a história foi contada pelos que sobreviveram as chacinas, todos usando óculos coloridos."

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