Lula

7/3/2018
Alexandre de Macedo Marques

"O peculiar jeitão do Migalhas de distribuir elogios às figuras gradas à casa e fustigar os que não contam com a sua boa vontade, é notório (Migalhas nº 4.310 - 7/3/18 - "Brilho à advocacia" - clique aqui). Está nesse contexto a migalha laudatória, vertida em estilo fanzoco e cortesão do século 19, à atuação do dr. Sepúlveda Pertence na defesa do Lula, no STJ. É evidente que o dr. Pertence é brilhante em seu mister. E foi competente na sua atuação diversionista. Mas, como alertava o velho Eça, migalheiro avant la lettre, o manto diáfano da fantasia não encobre a nudez rude da realidade. É melancólico assistir ao dr. Pertence emular a defesa mandrakiana que tem assistido o réu Lula. Mais maneirosa, mais jeitosa, ça va sans dire! Afirmar que o réu não pode ser preso porque o STF não disse que era obrigatória a prisão é digno de um estagiário distraído. A quem o dr. Sepúlveda estaria tentando convencer? A CUT? A Gleici? A Assembleia Geral petista? O general 171 estrelas Stédile, do MST? Certamente, não era ao plenário da turma do STJ! É verdade que o plenário do STF não disse que a prisão seria obrigatória. Disse que ela seria legal e possível após o julgamento em segunda instância. Ora, o TRF-4 já estabeleceu que o Mandrake Lula seria recolhido para cumprir a sentença após o julgamento dos embargos declaratórios. Enfim, o dr. Pertence esteve ao nível do dr. Zanin. Parabéns dr. Zanin. O Migalhas o saúda."

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