Questão salarial

19/7/2006
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Sr. Diretor de Migalhas. O que se quer chamar a atenção é que o Judiciário, se quiser ser respeitado, precisa respeitar, o que infelizmente não faz, como se vêem das reclamações. Como querem respeite seus aumentos, dizendo-os constitucionais, quando aumentos de outras carreiras, também constitucionais, não são respeitados por eles. Vira-e-mexe vemos impugnações a direitos lídimos, em que usam até de lucubrações cerebrinas para impugnarem direitos, divergindo totalmente do texto legal; e pior, o Judiciário, por ter a última palavra, formaliza  injustiças; mas isto deve-se, infelizmente, à inépcia do Poder Legislativo, que não usa as prerrogativas de seu direito, sendo que este Poder deveria fazê-lo cumprir as Leis, não legislar. O Legislativo, para pôr pontos nos is, criou o Conselho Nacional de Justiça. Bastava dar a este o poder absoluto de policiar o Judiciário 'in totum', e fazê-lo obedecer o motivo para o qual foi criado: fazer cumprir as Leis, como bem disse o Ministro Eros Grau, recentemente, no Estadão."

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