Gramatigalhas 11/4/2018 Sávio Christi "O pleonasmo (conhecido também como redundância) pode ser tanto um vício de linguagem quanto uma figura de linguagem (Gramatigalhas - 6/9/06 - "Pleonasmo e tautologia" - clique aqui). O primeiro caso se chama pleonasmo vicioso, já o segundo caso se chama pleonasmo literário. No caso de 'Eu vi com meus próprios olhos', é duplo pleonasmo vicioso: você só vê com seus olhos e 'meus' e 'próprios' significam exatamente a mesma coisa. O pleonasmo vicioso é a repetição desnecessária e inútil de ideias na mesma expressão, frase ou oração, já o pleonasmo literário é a repetição como forte ênfase de ideias na mesma expressão, frase ou oração. Um excelente exemplo de pleonasmo literário é 'Ele interpretou a si mesmo', já que, muito embora se ele se interpretou, só poderia ser ao mesmo, está apenas reforçando bem a ideia. Agora, tem um ex-pleonasmo: 'Comparecer pessoalmente', pois, com o avanço da tecnologia digital, já é possível comparecer através de chamada de videoconferência. E quatro casos em que não existem pleonasmos, só que muitas pessoas afirmaram existirem, sim: 'Amigo pessoal' (existem amigo virtual, amigo por telefone e amigo por carta.) 'Grande maioria' (Se você pega 53 pessoas de 100, é maioria, mas não grande, já se você pega 97 pessoas de 100, é grande maioria.). 'Nova criação' (sem ter o que comentar: quem ou o que já foi criado (a), uma vez criado (a), sempre será criação, mesmo que bem antiga, a menos que seu autor a desfaça.). 'Certeza absoluta' (a pessoa pode estar certa em partes, assim como, por exemplo, ela pode estar certa de que perdoou um antigo desafeto, mas não que ainda quer a amizade dele (a)'. E bem, por hora, é isso aí mesmo, estou disponível para mais alguma dúvida!" Envie sua Migalha