Lula

11/5/2018
Abílio Neto

"A gente hoje em dia tem que saber separar o artista do ente político que habita dentro dele. Chico César é um lulista lunático daqueles que até roga praga no juiz Moro, porém quando resolve abandonar a loucura de interno do Hospital da Tamarineira e mostrar seu lado artístico como cantor e tocador de zabumba em trio de forró, como legítimo forrozeiro que é, ele faz um espetáculo. Temos que aturar as imperfeições uns dos outros porque do contrário fica difícil viver em tempos de Lula na cadeia. Em 1995, Chico gravou Alma não tem cor, de André Abujamra, uma espécie de hino contra o racismo:
'Alma não tem cor
Por que eu sou branco?
Alma não tem cor
Por que eu sou preto?'
Aí a gente se depara com um forró de Sampa chamado Canto da Ema que é danado de bom. Naquela noite de 2016 foram juntados o paraibano Chico César, a paulistana Mariana Aydar e o sergipano Mestrinho que é apontado como o substituto de Dominguinhos na sanfona. Quem ouvir isso e não sentir vontade de dançar deve estar ruim da cabeça ou doente do pé. Domingo, 13 de maio de 2018, será o 130º aniversário da libertação dos escravos no Brasil, então comemoremos com esta música que é um tapa na cara lisa dos racistas de todas as matizes ideológicas."

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