Eleições 2018

30/8/2018
José Renato Almeida

"Em janeiro, a PGR aceitou passivamente a declaração de Urias Rocha de que ele é contra 'qualquer tipo de violência' e a conclusão da PF de que as orientações em áudio, para estourar as cabeças de juiz e adversários, configura 'crime de menor potencial ofensivo'. Já quanto a Bolsonaro... Só para relembrar. No início de janeiro deste ano, Urias Fonseca Rocha, ex-candidato a vereador pelo PCdoB em Campo Grande/MS, em áudio pelo WhatsApp dizia o seguinte aos parceiros: 'Se Lula for condenado, temos que brigar até as últimas consequências. Se precisar guerrear, nós temos que guerrear, nós temos que lutar. Nós temos que ir pra rua, ir pro pau. Nós temos que lutar. Talvez, quem sabe, até guerrilha. Montar guerrilha, começar a estourar cabeça de coxinha, de juiz, né, mandar esses golpistas para o inferno (…) Se nós precisar derrubar o prédio, tem que derrubar. Se precisar lutar, tem que lutar. Se precisar pegar cada um daqueles juízes depois da condenação, tem que pegar'. A Polícia Federal instaurou inquérito. Em depoimento, Urias Rocha confirmou a autoria e o teor da gravação, mas disse que é contra 'qualquer tipo de violência'. Ele confessou que pretendia comparecer ao julgamento de Lula em Porto Alegre mas acabou desistindo da ideia quando o seu áudio vazou no WhatsApp. O militante foi suspenso pelo PCdoB do qual é filiado, mas surpreendentemente não foi nem indiciado. Os delegados da PF disseram se tratar de 'crime de menor potencial ofensivo'. Cinco meses depois a procuradora-Geral Raquel Dodge acusa no Supremo o deputado e candidato à presidência da República Jair Bolsonaro de incitar violência, crime de ódio e racismo, por ter declarado em palestra que os quilombolas e indígenas, sob a proteção especial do governo Federal, têm pouca disposição ao trabalho, aparentam desnutrição e  usou a arroba na avaliação do peso das pessoas. Afinal, quem cometeu 'crime de menor potencial ofensivo': o militante que incentiva estourar a cabeça de juízes e adversários políticos, montar guerrilha, promover luta armada, derrubar prédio, ir pro pau e mandar para o inferno todos os que não se rendem às suas ameaças terroristas ou o deputado-candidato expressando sua avaliação da concessão de terras a quilombolas e indígenas, de forma diversa do 'politicamente correto'? Há uma enorme diferença entre uma atividade terrorista contra o Judiciário em rede e um discurso que avalia uma questão governamental. Vale ressaltar também que, apesar dos bandidos insistirem em chamar Bolsonaro de violento, toda essa violência que estamos vivendo hoje não foi criada por ele. Foi instalada pelos governos lenientes de FHC, Lula e Dilma, que além de não enfrentarem a questão aliaram-se às organizações como: Foro de São Paulo, FARCS, PCC, Comando Vermelho, etc. Em abril de 2018, Urias Rocha, mesmo depois de declarar a PF ser contra 'qualquer tipo de violência', orienta em vídeo a militância, treinada nas ditaduras comunistas (Cuba, Rússia, China), a sequestrar o juiz Sérgio Moro, em mais uma ameaça terrorista contra o juiz que não se amedronta no cumprimento do dever."

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