Judiciário

18/8/2006
Adauto Suannes

"Na Noruega, tanto a declaração de bens como o movimento bancário dos servidores públicos são acessíveis a qualquer pessoa pela Internet. Isso se chama 'transparência'. No Brasil, o Judiciário sempre primou pela opacidade, que alguns chegaram a denominar 'caixa preta'. As resistências à abertura dela acabaram caindo e descobriram-se coisas como o desenfreado nepotismo que graçava em alguns tribunais, não constando que seus responsáveis tenham tido qualquer punição pelos abusos cometidos. Meu querido Ivan Sartori, jovem desembargador do Tribunal de Justiça, vem de trazer um novo alento aos que teimam em ver com pessimismo os desmandos que têm vindo a público ultimamente, como se isso só estivesse ocorrendo agora. A indignação desses ingênuos me faz lembrar aquela velha anedota do boçal que deu uma surra no judeu da lojinha da esquina. Explicação dada por ele ao delegado: foram os judeus que mataram Nosso Senhor. 'Mas isso foi há dois mil anos!' diz a autoridade. 'Mas eu só sube onte', diz o agressor. Se você acessar o site orgaoespecialsartori (clique aqui) tomará conhecimento, nada mais nada menos, daquilo que se passa no Órgão Especial do TJ/SP. Para mim, algo simplesmente impensável até o dia de ontem."

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