Confusão em voo - Lewandowski x advogado

6/12/2018
Bruno Emílio dos Santos

"É muito interessante como as interpretações variam de acordo com os interesses (Migalhas 4.495 – 5/12/18 – "Triste episódio - I" – clique aqui). Há pouco li que muitas entidades apoiaram o ministro entendendo que houve um excesso. Entretanto, alguns, até advogados, em tempos remotos, defenderam um outro advogado que da Tribuna, provocou o ministro presidente da Corte Joaquim Barbosa, tendo este imediatamente chamado a segurança e o retirando no nomeio da sua sustentação. Não acho que deva prevalecer a ideia de ofender e constranger a todos, entretanto, algumas pessoas, pelo comportamento que adotam, invariavelmente merecem o ônus da intimidação e vergonha pública. Outro dia desse, o jornalista José Nêumanne, entrevistando o ministro Marco Aurélio Melo no programa Roda Viva, disse-lhe, com todas as letras, (a entrevista se encontra no YouTube) fosse ele um bandido gostaria de ser julgado pelo STF dada a sua leniência. O entrevistado, também juiz pelo quinto como O ministro ofendido no avião, pouco respondeu e assim como Lula que disse ser o STF uma Corte acovardada, (tanto que não peitou Renan Calheiros quando este então presidente do Senado não acatou uma decisão da Corte) não foram presos. O Jornalista Felipe Recondo, autor do Livro Tanques e Togas, cuja leitura aconselho, nos revela uma história do STF desde a sua criação até os nosso dias. Uma pesquisa de anos. Pois é até médico foi ministro do Supremo. Não sei se foi correta a atitude do advogado mas se lá estivesse (o que seria difícil dado o pânico de avião) teria a coragem que faltou a outros, de se solidarizar com o colega. Se o velho Sobral, que desafiou a tudo e a todos com seu guarda-chuva, usasse a mesma expressão na oportunidade, imagino que o desfecho seria outro. É lamentável que haja tanta falta de coragem ou tantas interpretações! Decididamente a advocacia não é para inocentes."

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