Volkswagen

11/9/2006
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Sr. Daniel (Migalhas dos leitores – "Volkswagen" – clique aqui). Quando digo que o Sr. investe em área que está totalmente por fora, não me equivoco. Diz o Sr. que eu tenho raiva dos meus empregadores. Eu não tive somente empregadores, tive empregados, e muitos. O Sr. deveria primeiramente saber de meu curriculum. Eu lhe disse, tive indústria e também trabalhei como gerente em multinacional. Logo estou por dentro do que afirmo. O Sr. não é advogado e contesta-me quanto ao Judiciário. O que o Sr. sabe do Judiciário? Eu sou advogado há 25 anos, e tudo que falo, falo com sustentação, experiência do que afirmo. Não tive um colega advogado que me contrariasse. Por quê? Porque eles sofrem na carne o que eu sofro. Ao contrário, quanto ao meu livro (o Sr. sabe que tenho publicado um livro sobre o Judiciário, sob o título: A Justiça Não Só Tarda... Mas Também Falha) em que aponto as falhas inúmeras em processos dos quais participei? Nele só tenho elogios, principalmente pela coragem em expor as mazelas que encontramos no dia-a-dia da advocacia. O Sr. diz que há ministros etc. que devem saber mais do que eu. Não duvido; mas não são aqueles que ataco, mas os que erram por inépcia, por prevaricação, por agredirem as Leis, por exemplo, legislando quando a função deles deve ser constitucionalmente aplicá-las, não legislar. Eu já lhe disse: o Sr. deve ter pouca idade, ao contrário de mim, que tenho 80 anos, que, na pior das hipóteses, tenho muito mais experiência de vida que o Sr.; por isso chamei-lhe a atenção quanto à falta de experiência que noto nas suas mensagens. Permiti-me até enviar-lhe uma frase em grego, pois, além de advogado, sou formado em letras clássicas pela PUC, turma de 1961, formei-me em grego, latim e língua portuguesa, e dei aulas de língua portuguesa por 20 anos, e de latim, por 7 anos, porque os militares extinguiram-no; e é nas línguas clássicas que encontramos os melhores exemplos de filosofia, por exemplo, donde extraí o texto grego, que traduzi, palavras memoráveis de Demócrito; 'Não és hábil no falar; mas incapaz de calar: desculpe-me'. Atenciosamente,"

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