Artigo - O crime e a terceirização

14/9/2006
Abílio Neto

"Estou com a migalheira Ana Cristina Klein. Terceirização é coisa real, de final de século XX pra começo de novo século e a meu ver o artigo em foco peca pela generalização, pois é fato que existem boas e más empresas que terceirizam mão-de-obra, não podendo as justas pagar pelas pecadoras. Esta cruzada que faz o autor do artigo contra todas, no atacado, realmente apavora os bons empresários do setor. Mas o que seria do zeloso juiz se uma empresa terceirizada não cuidasse da limpeza do seu gabinete? O que seria do Banco Central do Brasil se toda a custódia do dinheiro não fosse terceirizada? E a Petrobras como se arrumaria, pois no início da década de noventa, tinha cerca de 65.000 funcionários e hoje mal passa dos 34.000? Se ela conseguiu aumentar em muito a sua produção foi graças ao trabalho dos terceirizados! O que não se pode cogitar é fazer-se a terceirização exclusivamente pra diminuir custos (contratando-se picaretas) porque é burrice e pode se tornar mais cara que a contratação direta. Hoje a busca nos mercados de mão-de-obra é por pessoas altamente especializadas em determinados ramos de atividade, além daquelas que desempenham papéis bem simples. Só pra se ter uma idéia de como a terceirização veio pra ficar, quando aconteceu o acidente explodindo a plataforma P-36 da Petrobras, de 175 técnicos que lá se encontravam, só 49 eram funcionários da empresa, mas os que cuidavam da segurança (as brigadas) eram todos empregados do seu quadro."

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