Artigo - A vida pregressa dos candidatos e a moralidade para o exercício do mandato

21/9/2006
André Monteiro Marmo - Correios

"O que mais me assusta ao ler um artigo tão bem articulado como este (Migalhas 1.500 – 20/9/06 – "Vida pregressa", Henrique Neves da Silva – clique aqui), é ver toda defesa força que deveria ser para o bem, o ético, a moral, o justo de repente justifica e protege o ilícito. (Digam o que quizerem). Tudo seria bonito, se estivéssemos num grupo de honestos evitando a possível injustiça com uma vítima do Estado, do Poder. Mas não!... Estamos diante de bandidos que tomaram o Estado, o Poder e se utilizam do Direito para fundamentar seus desmandos. É um direito ser desonesto para ser homem público e a Lei me garante esse direito. (E eu sou a Lei.) Não porque a Justiça seja conivente com o desmando público, mas porque a Lei é um produto da minha vontade e eu assim o desejo e garanto que ocorra. O resto eu não aprovo. (É ilegal). É claro, se o fizer vou parar na cadeia, pois sou ladrão de casaca. Nossa Constituição é refém da corja que comanda nosso Congresso. Avaliá-la é admitir o direito de bandidos, corruptos, ladrões, enfim, todo baixo mundo, agrupado em partidos políticos, se prevalecendo das altas elucubrações teóricas justificando a vida de um defunto constitucional que está sobre a mesa. Está na hora sim de nova Constituição. Mas, não por esse grupo de ladrões que estão no Poder. E a Justiça ou faz Justiça ou vai para a casa. Que a Constituição seja refém dos bandidos e corruptos posso até entender, pois é um produto da vontade deles. Mas a Justiça não. Não pode identificar-se com o banditismo, com o injusto, o antiético, imoral, pois isso é colocar-se no mesmo nível de qualificação. Peço a Deus que o lado bom, íntegro da Justiça vença esses desmandos, caso contrário iremos a curto prazo para a vala comum. Afinal, ainda temos instituições de força que são o reduto dos nossos valores morais e éticos. Só que as armas não serão palavras ou letras, mas ... armas."

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