Revelações - Lava Jato

10/6/2019
Sérgio Dubeux

"Não li tudo que escreveram sobre Moro/MPF, mas já entendi. Percebo que Migalhas se posiciona ao lado mais abjeto da OAB, agora, aqui no Rio, representada (?) pelo Santa Cruz, que de santo nada tem nada. O objetivo é ridicularizar a atuação judicial. Como sempre, advogados de menor respeitabilidade não estão interessados em Justiça, em bem-estar social, nem, muito menos, vinculados ao fim público. Esquecem rapidamente o juramento que fazem ao se formar. Muitas vezes, infelizmente, o que vemos nessa honrada classe é a participação de seres cujo objetivo é defender os próprios bolsos. Nunca que as acusações contra corruptos estarão perfeitas; nunca conseguirão sentenças que garantam a prisão de meliantes. Sempre haverá uma ou mais brechas. É por elas que escorre o dinheiro que irriga o bolso dos profissionais que menoscabam o sacrossanto múnus de que deveriam ser detentores e honrar. O múnus não pertence à advocacia, pertence à sociedade. O advogado é apenas um instrumento. Deveriam as conversas entre os quadrilheiros do PT serem destrinchadas como foram essas, entre o honradíssimo juiz Moro e o competentíssimo membro do MPF, tudo em prol do Brasil. É óbvio que juízes e promotores, juízes e defensores públicos, defensores e promotores, delegados e juízes, membros de conselhos administrativos e os que apuram fatos na esfera administrativa e toda a sorte de partícipes em atos oficiais conversam entre si. Nada há a reprovar nessas conversas quando visam a aperfeiçoar os atos que serão produzidos. Essa colaboração entre as instâncias do poder não só é admissível, como - mais que isso - é recomendável, com vistas a produção de atos mais robustos. Do outro lado, existem bandidos aconselhados por advogados capazes de enxergar pelos em ovos, tudo com o fim de obter atalhos em decisões cujo inexorável destino seria a condenação. Obram para modificar os fatos, obram para cavar nulidades, empurram para frente ao máximo as decisões que não lhes convêm. E acham que estão exercendo o múnus público."

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