Opinião - A máfia no divã

22/9/2006
Pedro Luís de Campos Vergueiro

"O Professor Doutor Miguel Reale Júnior, no artigo 'Impugnação Moral e Jurídica' (FSP, 21/9/06), vendo e ponderando sobre a crescente podridão da governabilidade petista, faz observações aterrorizantes. Dentre elas destaca-se a observação de que integram a corte presidencial planaltina pessoas que 'pretendem a todo custo permanecer a comandar o país'. De fato. Se considerarmos que os companheiros do Luiz Inácio, do primeiro escalão, do segundo escalão, do terceiro escalão e, até, de escalão nenhum, vêm sendo escandalosamente flagrados em probleminhas ligados à corrupção, e ao uso indevido do dinheiro público, conclui-se que pessoas desqualificadas e indignas foram chamadas para o exercício do Poder. Vemos, ainda, que essas pessoas, quando flagradas no mar de lama, debatem-se com todas as forças para manter sua presença no espaço governamental. É o exemplo dado por numerosos companheiros substituídos. E quando o ato é da competência do Presidente, ele não faz o que deve que é demitir, ele apenas aceita um pedido de exoneração, eufemismo, pois. Cabe ser lembrado que todos os petistas de carteirinha que trabalharam na campanha presidencial e não foram eleitos, foram aproveitados na governabilidade petista. E o que essa gente desqualificada deseja é permanecer no exercício de algum Poder. Nessas condições conjecturais, não se extrai outra coisa senão a de que o Presidente Luiz Inácio não passa de um 'inocente útil': 'inocente' porque não sabe de nada, não sabia de nada e, parece, não quer saber de nada; 'útil' porque está servindo, parece que muito bem, aos desideratos dos desqualificados que fazem pressão a fim de permanecer em sua companhia para, de alguma forma, continuar a exercer algum Poder, assim como ou especificamente para desfrutar as benesses que os fundos federais podem proporcionar."

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