Piso salarial

16/1/2020
Cristiano Ribeiro

"Um pequeno e tardio avanço, mas é como o ditado diz: 'antespouco do que nada' e 'antes tarde do que nunca' (Migalhas 4.769 – 14/1/20 – "Piso salarial"). Piso menor do que profissõesde nível técnico, se compararmos a outras graduações semelhantemente clássicascomo a medicina e a engenharia a situação é ainda pior. Para que a advocaciaseja uma profissão de competitividade justa (financeiramente falando), há de seestabelecer maior rigor nos exames, um tempo limite para passar no exame após aconclusão do curso (2 anos) e a obrigatoriedade de frequentar cursos deatualização, principalmente em situações que reflitam a reforma de códigos.Outra tarefa importante é autorizar, com limites, o âmbito de atuação dobacharel em Direito que não tenha carteira e do advogado que não possuigraduação em nível de especialista. Certos tipos de demandas devem exigir umaespecialização mínima para representar clientes no Judiciário e processosextrajudiciais. Com isso, um recém-formado teria um direcionamento quanto aoseu plano de carreira e o advogado com mais tempo de atuação no mercado teriauma concorrência mais justa. Outro modelo que precisa acabar é o de escritóriosque escravizam advogados recém-formados, alguns são simplesmente empresas decobrança disfarçadas de escritórios de advocacia. Enfim, há muito a se fazer,como a firma de contribuição e um regime mais previdenciário mais justo, osanúncios nos balcões de vaga das próprias seccionais, o valor absurdo daanuidade, ou seja, o que não faltam são melhorias para a carreira jurídica, comum Conselho de Classe mais forte e participativo na carreira do advogado, afarra de faculdades e cursos preparatórios existentes no mercado e um projetode lei que venha para realmente mudar o patamar da carreira da advocacia para olugar que ocupava há 30, 40 anos."

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