Coronavírus

17/3/2020
Cleanto Farina Weidlich

"Aqui em nossa querida Carazinho/RS, berço de Leonel Brizola, Guilherme Schultz Filho, entre outras tantas figuras não menos ilustres mas menos lembradas, a sensação é viver o verso do nosso saudoso Raul Seixas em: 'O dia que a terra parou'. Estamos em guerra me diz um, ao que eu retorqui: sim, só que o inimigo é invisível e não respeita o front e nem sabe o que é população civil ou militar, e muito menos, existe um disputa ideológica ou discussão por algo que se queira conquistar a não ser a própria sobrevivência da vida humana. Nesse contexto me vem a questão, como já acertada pelo culto ministro Mandetta: a humanidade sairá diferente desse enfrentamento. Então que essa diferença seja a favor do solidarismo, da caridade pura, da preocupação e do zelo pelo outro, e não só por amor religioso ou divino, mas temor da nossa própria extinção, do 'débâcle', para a salvação de todos nós, rumo a uma nova civilização e a construção de uma nova concepção e hierarquia de valores. Então, envio o meu abraço sempre com distância de no mínimo um metro, e guardo comigo sempre das boas e ternas lições: No mundo existem dois exércitos, um dos que tem tudo e não querem perder, e, outro dos que não tem nada e querem conquistar. Qual o papel do homem inteligente na Terra? Meter-se entre esses dois exércitos, tendo como missão do amortecimento do choque. Das lições imorredouras deixadas por Antonio Federico Ozanam, dr. em Letras e Direito pela Sorbone, e fundador da Ordem Vicentina, que se alastrou pelos cinco continentes e trabalha com cuidados aos idosos, colégios e hospitais. Alvíssaras e álcool gel a 70%, com muita calma e serenidade nessas horas."

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