Súmula vinculante

4/12/2006
A. Cerviño - SP

"O ótimo como inimigo do bom. Em tese, sou contra qualquer tipo de governo. As pessoas têm vontade e consciência e podem, assim, chegar ao bem apenas pela reflexão. Minha experiência concreta é que isso é uma utopia. Quanto mais se regula a atividade humana, mais a cretinice humana inventa formas e mais formas de violar os direitos alheios, impondo, pela força e/ou pela astúcia, os seus interesses. E sou forçado a aceitar isso que nós chamamos de governo. Todos estamos de acordo em que o Poder Judiciário consegue ser pior a cada ano que passa. A súmula vinculante pode ter isso de bom: acabar com nosso sofrimento mais cedo (Migalhas 1.548 – 1/12/06 – "Minirreforma do Judiciário" – clique aqui). Não porque com ela se consiga obter a inalcançável justiça, mas porque, pondo fim ao processo, porá fim à expectativa de uma decisão justa, que nunca vem. É uma espécie de eutanásia jurídica, se assim posso dizer. Já que não dá para curar o doente, que se lhe dê uma morte digna."

Envie sua Migalha