Saddam Hussein

3/1/2007
Richard Paes Lyra Junior - advogado em Santos/SP

"Assunto: Execução de Saddam Hussein: justiça ou mero revanchismo político? O que começa errado termina errado! A célebre expressão popular afigura-se deveras apropriada para o caso 'Saddam Hussein'. Primeiro, os americanos forjam a existência de armas químicas no Iraque, destroem e são, gradativamente, destruídos no país. Posteriormente capturam o ditador iraquiano e iniciam seu julgamento de forma absolutamente 'parcial'. A descrita parcialidade no julgamento do mesmo pode ser denotada no episódio que envolveu a substituição do 1º juiz do caso Sr. Abdullah al-Amiri, que, segundo 'suspeitas' da promotoria, estaria favorecendo o ditador iraquiano. Mas afinal, onde fica a independência desta corte de justiça? Ora, se um julgamento existe para determinar a culpabilidade ou inocência de um acusado, como interferir de maneira tão explícita no livre convencimento do juiz? Não sou adepto das práticas do ditador iraquiano, tampouco as entendo legítimas, todavia não há como aceitar este pseudo-julgamento que culminou com sua execução. É preciso que se reveja o papel da ONU e que se fortaleça suas bases, do contrário os EUA continuarão a ser a 'polícia do mundo', ignorando princípios básicos de direito, os quais sempre se intitularam defensores (será?)."

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