Salário

8/1/2007
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Sr. Diretor de Migalhas. Leio no Estadão de sexta-feira: 'Limite já dobrou em 8 anos e agora vai a R$26 mil' (pág. Nacional A 11). Como? Num período em que praticamente não houve aumentos para o funcionalismo público, que os funcionários têm de viver com salários miseráveis, os professores, por exemplo, com títulos universitários, o mesmo Estadão publicou há mais ou menos uma semana que atualmente os salários de Professores concursados (note bem, concursados) têm salários de pouco mais de R$1.000,00 e Diretores de Escolas de 2º Grau não atingem R$2.000,00. Por que esses aumentos abusivos? O que justifica isso senão tráfico de influência, corrupção política? Alckmin chegou ao desplante de, ao dar aumento, no fim do mandato dele, inconstitucionalmente, deu um aumento ridículo para os Educadores e metade de aumento para os aposentados da Educação. Não é à toa  que quando se entram com processos visando pura e simplesmente que se cumpram Leis o Judiciário nega, absurdamente. 'Contra legem'. 'Data venia', porque a falta de aumentos não os atinge. Os salários dos juízes estão atados ao aumento do STF, logo para eles não há inflação. É preciso 'incontinenti' corrigir isso, pois, se não for corrigido, é quase certo que os Congressistas vão também obter o que desejam, ter seus salários elevados ao mesmo teto, por 'compadrismo', por acordos. Vocês duvidam? Não tomemos providência, não reclamemos  exaustivamente para que uma nova Constituição apague de vez essa mancha de carreirismos políticos, pondo os pontos nos is, e tudo caminhará como dantes: politicagem, 'mutretagem', tráfego de influência, corrupção etc. que estamos vendo agora, quando publicado pela mídia, porque tudo era feito na surdina, debaixo do pano.  Atenciosamente."

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