Violência

12/2/2007
Luiz Carlos Bento - advogado, OAB/SP 50.605

"Quero deixar patente que, tendo trabalhado no processo crime instaurado contra Pablo Russel Rocha, portanto, sem que pudesse ser acusado de estar usando o veículo para difundir tese da defesa sua, injustamente a ele imputada a autoria de homicídio doloso, que não praticou (Migalhas 1.593 – 9/2/07 – "Garoto arrastado"). A mídia lhe impôs a acusação de ter amarrado a jovem prostituta e a arrastado pelas ruas da cidade, o que absolutamente não corresponde à verdade, contrariando a imputação,  inclusive impossibilidade material de ter sido a vítima por ele amarrada. O cinto de segurança da ‘Pajero’ por ele conduzida não admite qualquer nó, tendo a perícia oficial desprezado sinais patentes de que a moça, ao descer do veículo, o fez como se estivesse  em um automóvel comum, que tem altura menor que aquele utilitário. Destravou ela o cinto de segurança, e ainda com a fivela na mão esquerda - marca que nela lhe restou - escorregou e caiu sob a roda traseira do veículo. O condutor não se apercebeu disto e pôs em movimento o veículo esmagando a cabeça da moça. Não é possível que se ignore ainda hoje que o Perito Sanguinetti esteve em Ribeirão Preto e elaborou laudo irrespondível demonstrando a inocência deste moço dão duramente castigado pelo fato de ter concordado em dar uma carona. Até mesmo gravidez que ostentava, foi apontada como motivo para o crime, gravidez que exame de DNA se incumbiu de desmentir. Tanto desmentida quanto à imputação de ter o acusado amarrado a jovem. O jornal 'Folha de S. Paulo' na ocasião chegou a publicar desenho em que a moça aparecia com ambas as mãos amarradas na traseira do carro e arrastada. É hora de se procurar a verdade, por sinal claramente perceptível, antes de fazer renascer a terrível mentira que ainda hoje caustica a alma do acusado. É claro que o crime do Rio de Janeiro há que ser apurado e punido, mas não pode ser tomado como causa para crucificar o Sr. Pablo Russel Rocha dada a absoluta visível diferença entre os dois fatos."

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