Direito de Família

16/2/2007
Paulo Roberto Iotti Vecchiatti - OAB/SP 242.668

"Migalheiro Sergio, faço aqui a mesma colocação: o migalheiro deve atualizar-se, pois a Organização Mundial de Saúde diz desde 1993 que 'A orientação sexual por si não deve ser vista como um distúrbio'; o Conselho Federal de Psicologia esclarece, na Resolução N°. 1/99 que a homossexualidade não é doença, desvio psicológico, perversão nem nada do gênero (proibindo psicólogos de patologizarem-na), donde se percebe ser ela tão normal quanto a heterossexualidade; a Associação Americana de Psiquiatria tem tal entendimento desde a década de 1970. Assim, Jung está ultrapassado nestas palavras que o Sr. transcreveu... Nem avente novamente a falácia segundo a qual homossexuais teriam 'influência' na OMS, no CFP, na AAP etc. - tanto não o têm que a esmagadora maioria dos países do mundo não protege os homossexuais como deveria (dado o fato de serem minorias estigmatizadas). Meu caro, nunca houve provas acerca de um suposto 'caráter patológico' da homossexualidade: isso foi meramente presumido pela ciência pelo simples fato da maioria ser heterossexual... (e ser minoria não significa ser doente: canhotos e ambidestros que o digam). Essa colocação de Jung nunca foi provada, apenas presumida porque a pseudo-'moralidade' religiosa homofóbica incutiu na mentalidade social por séculos que a homossexualidade seria 'errada', o que não passa de arbitrariedade ante a falta de provas nesse sentido... 'Preconceito' é juízo de valor desarrazoado, irracional, sem justificação lógico-racional que lhe fundamente - sua colocação (patologizadora da homossexualidade) é, portanto, preconceituosa (assim como a de Jung), dado o caráter arbitrário."

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