Renan Calheiros 17/9/2007 Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP "Sr. Diretor de Migalhas. Não há dúvidas de que nós precisamos da mídia e ela deve ser livre para pesquisar e nos informar. O que eu não concordo é que ela insista em ataques de um só lado, da preferência mais que evidente de seus editores..Leio cartas enviadas, por exemplo, ao Estadão, à Veja. Cartas de leitores, que demonstram francamente de que lado estão, batendo sempre na mesma tecla. Gostei esta semana da revista IstoÉ, porque fez denúncias de opositores do atual governo, mostrando que lá também havia santos do pau oco. Pergunto: Será que não há leitores no Estadão e na Veja que escrevam contrariamente àquilo, que vejo? Pelo que vejo, não há dúvidas de que a mídia procura formar opiniões, principalmente entre os que raciocinam pouco; os incultos, ou mesmo os que se deixam levar pelas opiniões dos que escrevem, repórteres que falam na TV, nas emissoras de rádio, cujos donos patrões deles têm opinião já formada. Não admito ser dirigido, só admito chegar às conclusões por mim mesmo; mas quantos são assim? A tendência de órgãos da mídia é manifesta. Vi, por exemplo, pessoas entrevistadas, três, sobre o episódio do Senado. Manifestaram-se de acordo com a emissora. Terão entrevistado outros; porém, como manifestaram-se contrariamente, não saíram as entrevistas? Eu suponho que sim. Coloco-os sob suspeição data venia. Basta analisar comparando quando o povão se manifesta... Nas eleições ganham de até 2 por um, porém, nas rádios, TVs, jornais, revistas etc. não aparecem aquelas opiniões contrárias. Tenho ou não de suspeitar, principalmente porque sou neutro e porque tenho grande experiência com meus 81 anos de vida, bem vividos. Atenciosamente" Envie sua Migalha