Violência

15/10/2007
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Vez ou outra, quando tenho tempo, que não é muito, vejo o canal 43 da TV a cabo, sobre a polícia técnica e crimes, nos Estados Unidos, e confesso, com inveja. Como se dedicam a pesquisar crimes, a chegar ao criminoso! Tenho certeza de que se aqueles crimes fossem aqui, ficariam impunes, pela nossa ineficiência, e pior, quando se chega aos criminosos facilmente, sem muita pesquisa, de tão evidentes, eles aqui escapam, pela fragilidade das leis, ou pela interpretação dúbia de nossas autoridades, quanto a elas. Na semana retrasada, assisti, na TV, à pesquisa para um crime de latrocínio, em que anos após descobriram o criminoso, posto sob suspeição, porque o perseguiram para obter o DNA dele, o que conseguiram através de um tubo de sorvete, que ele largou num lixo de um Shopping. Agora, lá sucedeu o melhor, para mim, ele foi condenado à morte, vai gramar uns anos na cadeia e um dia será submetido a uma injeção fatal. Isso é justiça, na acepção do termo. Subjetivamente perguntei-me: e a pena de morte é eficiente ? Podem dizer que é um meio cruel, mas que ela amedronta, amedronta sim. Amedronta terceiros, que pensarão antes de cometerem, se souberem que poderão ser mortos. Eu me lembro que certa vez, vi na TV um repórter perguntar a um homicida preso (latrocida), desculpem o neologismo, na cadeia, que se ele corresse o risco de ser morto ele mataria ? Ele respondeu: 'Tá louco ?' Li, hoje, no Estadão: 2 assassinatos, uma das vítimas, competidor com animais, e um rapaz que vendia pizzas, assassinatos estúpidos, cruéis. O que será que eles os criminosos, pegarão ? Provavelmente liberdade, tal como o que estuprou e matou 2 crianças na Cantareira. E pretendem resolver o problema criminal ? Acordem gente!"

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