Logomarca

7/12/2007
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"A nota de Migalhas (1.794  - 6/12/07 – "Aparência" – clique aqui) diz que a Vitelli, indústria de calçados de Franca, em São Paulo, vai notificar a Vale do Rio Doce, face à flagrante semelhança entre sua marca e a recém lançada marca Vale, da empresa, fruto de um investimento de US$ 50 milhões, que envolveu 60 executivos de várias partes do mundo, em um processo de renovação que tomou todo o ano de 2007, capitaneado pela agência África, de Nizan Guanaes, coordenadora pela empresa norte-americana Lippincort Mercer e pela brasileira Cauduro Martino. Na verdade, e Migalhas publicou as duas marcas lado a lado, ambas se parecem muito, não apenas no logotipo escolhido, mas também nas cores e na fonte adotada. A diretora de comunicação da Vale, Olinta Cardoso, afirma que as marcas não podem ser consideradas iguais. E, nisso tem uma certa razão, já que igual é o que é idêntico e idênticas não são, mas são bastante semelhantes, quase idênticas, passíveis de confusão, como se diz na área da propriedade intelectual. Mas, nessa área específica, e aí vai razão à diretora de comunicação da empresa, vige o princípio da especialidade, que considera os ramos de atividades das empresas, que são bastante diferentes os da Vale do Rio Doce e o de uma empresa industrial de calçados. Em Portugal, existe o logótipo, cujo conceito se aproxima do nome empresarial, para o qual não há a limitação de ramos de atividade, mas o mesmo não acontece no Brasil. Mas, enfim, gastar um ano de trabalho, e investir US$ 50 milhões para chegar a um logotipo já criado antes por terceiros, sem qualquer pirotecnia, convenhamos, no mínimo é bastante chato."

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