CPMF

19/12/2007
Gisele Montenegro

"Hoje fui ao supermercado, lojas, livrarias: parece mesmo que acabou o ano. O volume de cheques 'pré' e pagamentos prometidos e/ou apalavrados para 2/1/08 são expressivos. Parece que todas as operações financeiras, com a derrubada do CPMF, foram adiadas para o exercício seguinte, daqui duas semanas. O país não parou. A economia continua aquecida, porém desarticulada. As liquidações estão sendo postergadas, com razão: menos 0,38%. O ano monetário encerrou mais cedo. Há uma surda crise nos bastidores. A economia, apesar do consumo de dezembro, parou aguardando janeiro. O Ministro da Fazenda foi desautorizado: parece mais perdido que cego em tiroteio. O que vemos é a tramitação de uma espécie sui generis de operações a termo, para resgate a partir de 2/1/08. Quais as conseqüências nos balanços das empresas que, teoricamente, encerrariam em 30 de dezembro de 2007 (assim como os Bancos ?) Cometeram o grave erro de inserir expressiva, porém postiça, verba de R$ 40 bilhões no orçamento sem a necessária cautela, não referendada pelo Senado. Querem que acreditemos que está tudo bem. Tudo bem coisa nenhuma! Qualquer entidade que perde um faturamento (precipitadamente contabilizado como favas contadas) dessa magnitude, ou quebra ou entra em regime urgente de recuperação judicial pela incapacidade dos gestores. Vai sobrar para quem ? Sugiro a todos pregarem o olho no Diário Oficial, que vem chumbo grosso até 31/12, tendo em vista o princípio da anualidade."

Envie sua Migalha