Circus

27/12/2007
Marisa S. V. Maia Souto

"Caro Dr. Adauto, como leitora assídua e mais especificamente dentista, gostaria de expressar minha humilde opinião (Circus 68 – 21/12/07 – clique aqui). Aqui no Brasil, fazemos as próteses totais (dentaduras) artesanalmente e a partir de uma moldagem dos rebordos ósseos reabsorvidos, para conseguir que a peça seja específica para aquela pessoa, que claro, nunca substituirá os dentes naturais, porém, oferecerá alguma estética e funcionalidade mastigatória limitada e, mesmo assim, como se queixam as criaturas que só descobrem que os dentes fazem parte do organismo quando já estão mutilados e 'devidamente reabilitados' (?) com suas próteses. Passam então a reclamar todos os dias dos profissionais dentistas, que não sabem fazer nada, estão gastando uma grana com 'Coréga', além daquela que gastaram na confecção daquela, e que aquilo tudo é uma bela porcaria. Pensando bem, gostaria de ver como é que 'se viram' essas criaturas que compram próteses usadas por defuntos, de modo a encontrar a que melhor se adapte à sua boca desdentada em países onde não existe Coréga. Nossos colegas carregam consigo boticões feitos aquele empunhado pelo distinto doutor da foto e ninguém vai reclamar dos mortos ao 'Procon' de sua comunidade. Ah, se um dia um dente tiver o mesmo valor que um dedo, uma mão, uma perna. Felizes seremos com o estímulo à prevenção, um sonho quase utópico! Aproveito para enviar meus sinceros cumprimentos e dizer que sou tiete de sua coluna. Cordiais saudações!"

Envie sua Migalha