Violência

23/1/2008
Nelson Castelo Branco Eulálio Filho - mestre em Filosofia Política pela Universidade Federal do Ceará/UFC

"Vigiar e Punir Citando 'Pièces originales et procédures du procès fait à Robert-François Damiens' (1757), Michel Foucault inicia o seu livro 'Vigiar e Punir - História da Violência nas Prisões', como o seguinte relato: [Damiens fora condenado, a 2 de março de 1757], a pedir perdão publicamente diante da porta principal da Igreja de Paris [aonde devia ser] levado e acompanhado numa carroça, nu, de camisola, carregando uma tocha de cera acesa de duas libras; [em seguida], na dita carroça, na praça de Grève, e sobre um patíbulo que aí será erguido, atenazado nos mamilos, braços, coxas e barrigas das pernas, sua mão direita segurando a faca com que cometeu o dito parricídio, queimada com fogo de enxofre, e às partes em que será atenazado se aplicarão chumbo derretido, óleo fervente, piche em fogo, cera e enxofre derretidos conjuntamente, e a seguir seu corpo será puxado e desmembrado por quatro cavalos e seus membros e corpo consumidos pelo fogo, reduzido a cinzas, e suas cinzas lançadas ao vento'. A leitura de alguns textos sobre a questão da violência, me faz achar que algumas pessoas têm saudades dos procedimentos desse tempo como solução para o problema..."

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