Profissão Advogado

24/1/2008
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Que me desculpem aqueles que, ou não querem prestar exames de 0AB, temendo prestá-lo; ou, prestando-o, foram reprovados e querem ser advogados sem prestá-lo: injustificáveis seus argumentos. Eu implicava com o exame da OAB, quando eu prestei havia exames orais, pois o subjetivismo dos examinadores era suspeito. A OAB suprimi-os. Não há o porquê de atacar exames escritos, haja vista que eles testam a capacidade do indivíduo, e quando há perguntas incorretas elas são anuladas. O que deveria haver obrigatoriamente, isto sim, é exames para todas as profissões: médicos, engenheiros, administradores etc. etc. Eu li uma Migalheira justificando que não irá prestá-lo porque houve prova de fraudes. Desculpe-me, mas isto não é desculpa. A maioria dos que passam não usam de fraude, usam do saber. Li outro Migalheiro que pede que se dê em Migalhas espaço para os que não querem prestar o exame. Deve estar enganado, Migalhas atende a todos. Eu sou prova disso, porque publica tudo que escrevo e às vezes sou cáustico nas minha críticas ao Judiciário, embora com razões. Eu acredito é que haja poucos que não defendam o exame, porque não têm argumentos válidos. O argumento que ouço é que freqüentaram faculdades. Ora! Todos que prestam e passam freqüentaram. É preciso ver que tipo de faculdade freqüentaram, aqueles que reclamam, ou então, se a freqüentaram com seriedade. Esse é o problema! Eu acredito até que a deficiência seja maior dos alunos do que da própria Faculdade ou dos professores. Eu freqüentei duas: Letras Clássicas e Direito. Em letras clássicas, éramos 40 no início do curso, e 32 ficaram no caminho em língua grega. Os que passaram, porém, esqueceram sábados, domingos e feriados; ou como eu, levantavam-se às 4 horas da manhã para estudar até as 7h, diariamente, porque trabalhávamos e sustentávamos família. Na Faculdade de Direito eu via cerca de 10 alunos ficarem nas primeiras carteiras, nos exames e nas aulas; e víamos vários irem para o fundo das salas para colar. Claro que aqueles dez foram os primeiros alunos classificados, nos quais nos encontrávamos. Estudem seriamente e serão aprovados na OAB. Desculpem-me, mas essas desculpas são esfarrapadas. Atenciosamente."

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